Chuvas em Natal devem continuar durante todo o final de semana e seguem durante setembro, diz meteorologista

Previsão é de que tempo nublado se repita
no sábado e domingo. Foto: José Aldenir

A falta de estrutura na capital potiguar para suportar altos índices pluviométricos é nítida e sempre volta à tona quando um período de chuva se inicia. Com chuvas registradas desde a última quarta-feira (28), sendo mais intensas de ontem para hoje, muitas vias de Natal já apresentavam nível considerável de alagamento e trânsito lento nos principais corredores da cidade.

Entretanto, o secretário adjunto da Defesa Civil Municipal, Urbano Medeiros, revelou que até o fechamento desta edição, não foi constatada nenhuma ocorrência, apenas os alagamentos ‘de sempre’ em pontos como as avenidas Coronel Estevam, no Alecrim, a Prudente de Morais, próximo ao Corpo de Bombeiros, a Mor Gouveia, a rua Mossoró, e o centro da cidade. “Foi constado os problemas crônicos de vias alagadas, dificultando a vida do motorista, causando transtornos e congestionamentos”, disse.

Devido ao funcionamento normal da maioria das bombas de sucção, nenhuma lagoa de captação chegou a transbordar. Porém, o receio dos moradores de que isto acontece é sempre levado em consideração pela Defesa Civil. “Estamos monitorando todas as áreas de risco, seja de alagamento ou de desmoronamento”, afirmou, acrescentando que nenhuma ocorrência foi registrada. Os locais que causam maior preocupação são a Comunidade do Jacó, Mãe Luiza, Felipe Camarão e Guarapes.

De acordo com o meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, a chuva desta sexta-feira permanecerá durante o final de semana. A predominância do tempo nublado se repetirá no sábado e no domingo, com a presença de chuvas principalmente durante as madrugadas e nas manhãs dos dois dias. Pela tarde, o sol poderá sair timidamente, porém sem descartar a presença de chuva.

Para a primeira quinzena de setembro, o esperado pela Emparn é um nível chuvoso acima do normal, se comparado aos outros anos, quando neste período as temperaturas começavam a subir. Pelo menos até o dia dez, estas condições deverão ser mantidas.

Segundo Bristot, o que deve gerar essa situação incomum é a queda da temperatura no Oceano Pacífico, devido ao efeito climático La Niña, fazendo com que a umidade aumente nesta região. Outro fator que gera essas chuvas no litoral potiguar é a chegada de frentes frias do sul. Por fim, a temperatura do Oceano Atlântico também se elevou, chegando a até um grau, cooperando com o aumento da temperatura na região. As chuvas devem se concentrar no litoral potiguar e seguirão em direção ao interior do Estado, chegando até aos pontos mais afastados do agreste do Rio Grande do Norte.

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