Aproximadamente dois terços dos norte-rio-grandenses não se consideram leitores. É o que aponta uma pesquisa inédita divulgada nesta segunda-feira (24) pelo Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), realizada em 25 municípios do RN.
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A pesquisa revelou ainda que entre aqueles que se consideram leitores regulares, 66,67% são mulheres, totalizando o dobro dos homens, que juntos representam 33,33%. Proporcionalmente, as mulheres com idade superior ou igual a 45 anos são as que mais leem, enquanto que, no grupo dos homens, os que mais leem são os mais jovens, com idade compreendida entre 14 e 44 anos.
Com relação à quantidade de livros lidos, a pesquisa do IDE evidenciou também que 25,45% dos entrevistados nos 25 municípios pesquisados, afirmaram que já leram dois livros em 2015.
Quando questionados sobre como tiveram acesso aos livros, 32,27% responderam que compraram, seguidos por aqueles de tomaram emprestado de um amigo, familiar ou em uma biblioteca, representando 18,53% e daqueles que responderam que acessaram as obras literárias através da internet, um percentual de 38,2%.
Os números apresentados pelo IDE também mostram que, no geral, a intensidade de leitura aumenta com o grau de escolaridade. Com relação ao aspecto geográfico, observou-se que as regiões do Alto Oeste (43,51%) e Seridó (41,28%) são as que revelaram maior índice quantitativo de leitura, enquanto a região Leste foi a de menor valor deste indicador, com apenas 28,89%.
Avaliação
De acordo com Cláudia Santa Rosa, diretora Executiva do IDE, o percentual revelado pela pesquisa mostram que a população potiguar não cultiva o hábito da leitura. Segundo ele, o resultado está relacionado à falta de políticas públicas continuadas que garantam a consolidação de uma cultura de leitura no estado.
“Precisamos de projetos que priorizem o hábito da leitura e da escrita. Enquanto isso não for desenvolvido os resultados continuarão sendo esses”, declarou.
A pesquisa do IDE ouviu 1.203 pessoas nos municípios de Macaíba, Extremoz e São Gonçalo do Amarante (Grande Natal); Caicó, Currais Novos, Acari e Parelhas (Seridó); Mossoró, Assú, Caraúbas e Areia Branca (Médio Oeste); Itaú, Pau dos Ferros, Patu e Alexandria (Alto Oeste); Touros, Goianinha e Canguaretama (Leste); Nova Cruz, Santa Cruz, São Paulo do Potengi e Tangará (Agreste/ Trairi); João Câmara, Macau e Lajes (Central). A cidade de Natal já havia sido objeto de pesquisa semelhante, também realizada pelo IDE, em julho do ano passado.
Do http://portalnoar.com
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