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25 de mar. de 2014

Servidores da Saúde realizam protesto e denunciam irregularidades

Os servidores saúde estadual, em greve desde o dia 19 de março, realizaram na manhã desta segunda-feira (24) um ato público em frente ao Hospital Doutor Ruy Pereira dos Santos, contra a falta de medicamentos, más condições de trabalho e a falta de profissionais médicos para cumprir a escala de plantonistas na unidade. Há uma semana, parte do teto do hospital desabou e atingiu uma paciente que estava internada e uma servidora do Hospital. Os servidores cobram mais investimentos no hospital e a garantia das condições de trabalho e do atendimento à população.
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O Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) denunciou que, além dos problemas na estrutura do prédio, inaugurado no mês de outubro de 2010, o hospital convive com lixo acumulado, que provoca mau cheiro e incomoda pacientes e servidores. Segundo o Sindicato, o lixo também atrai insetos e até roedores para os arredores da unidade hospitalar.
O protesto de hoje também denunciou a falta de profissionais médicos no Hospital, o que impede que a escala seja completa. A técnica de enfermagem Suetânia Cardoso, que trabalha na unidade desde a abertura do Hospital, disse que além desses problemas, a unidade sofre há mais de três anos com a autoclave quebrada, aparelho que é utilizado para esterilização. Atualmente, todo o material usado no hospital é esterilizado no Walfredo Gurgel. “Isso sobrecarrega ainda mais o Walfredo Gurgel, que já é um hospital sobrecarregado”.

“Aqui no Hospital Ruy Pereira o caos já se instalou. Faltam medicações, faltam médicos plantonistas. A Secretaria Estadual de Saúde Pública diz que a escala está completa, mas na verdade dia sim, dia não, faltam médicos e quando há essa falta, o médico da UTI tem que se revezar entre a UTI e as enfermarias, dando assistência a todo hospital”, denunciou a técnica de enfermagem, Suetânia Cardoso

Suetânia Cardoso reclama das péssimas condições da estrutura física do Hospital. Ela lembra que o teto de uma das enfermarias do 2º andar desabou. No momento do desabamento, segundo conta Suetânia, a técnica de enfermagem se debruçou sobre a paciente para evitar que a paciente se machucasse. “Mas a técnica de enfermagem teve um traumatismo craniano e um hematoma extenso no braço direito. Hoje ela está afastada de licença médica. Isso mostra que a nossa estrutura física é precária e precisamos de atenção, antes que problemas maiores possam acontecer”, afirmou a técnica de enfermagem.

A diretora do Sindsaúde-RN, Rosália Fernandes, explicou que na quinta-feira passada o Governo do Estado deu o primeiro passo para o cumprimento do acordo que pôs fim a greve do ano passado, em que o secretário Luiz Roberto Fonseca nos entregou a cópia do projeto-lei que será encaminhado ainda hoje para a Assembleia Legislativa. A expectativa é que até a próxima quinta-feira esse projeto seja votado pelos deputados estaduais. Na sexta-feira, dia 28, será realizada uma nova assembléia que deverá definir o rumo da greve.

“As tabelas que nos apresentaram no projeto de lei são as mesmas que fizemos com o Diesse, ou seja, elas estão corretas. O prazo voltou a aproximadamente ao que era antes, passando a ser abril, maio e junho. Além disso, tivemos a garantia dos mesmos direitos para os hospitais municipalizados e a reabertura para o enquadramento, com isso, várias pessoas vão ter a oportunidade de fazer a opção de aderir ao plano, já que estão com o salário congelado desde 2006. Porém, isso é no que diz respeito a 2013 e que o Governo já deveria ter cumprido”, destacou Rosália Fernandes.

Hoje à tarde, representantes do Sindicato se reunirão com o secretário Luiz Roberto Fonseca, para discutir os pontos de reivindicações da pauta de 2014. O principal ponto de divergência é revogação da portaria 321, que limita a quantidade de trocas e dobras por profissionais.

“Se um profissional faltar um plantão, ele tem descontado dois plantões no seu contracheque. Pedimos um parecer do Conselho Regional de Enfermagem e a assessoria jurídica nos informou que a portaria é ilegal e inconstitucional, pois fere uma legislação. Queremos discutir também a delimitação de pacientes por profissional, pois há unidade que um profissional fica responsável por até 30 pacientes, enquanto que o recomendado pelo COREN é que um profissional fique com até oito pacientes. Do jeito que está hoje não é justo”, afirmou a diretora Rosália Fernandes.
Fonte: Portal JH

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