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27 de nov. de 2018

ALERTA: RN está entre os estados com aumento no número de mortes por aids


O Rio Grande do Norte está entre os estados com aumento no número de óbitos por aids entre 2014 e 2017. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, lançado nesta terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde, houve um crescimento de 37% no coeficiente de mortalidade no estado, que passou de 2,7 para 3,7 óbitos por 100 mil habitantes. 

O Rio Grande do Norte, Amapá e o Acre são os estados onde foi registrado crescimento dos óbitos. Segundo o boletim, a taxa média de mortalidade pela doença passou de 5,7 por 100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos em 2017 em todo o país. Só no ano passado, 144 pessoas morreram em decorrência das complicações causadas pela aids.

No mesmo período, também houve aumento na taxa de detecção da doença no estado. Eram 16,3 casos por cada 100 mil habitantes, em 2014, e, em 2017, são 18,9 para cada 100 mil habitantes, o que representa um aumento de 15,9%. Em números absolutos, entre 2007 e 2018 foram notificados 1.970 casos da doença no Rio Grande do Norte. 

No ranking entre os estados, o Rio Grande do Norte ficou em 11º lugar, com índice composto de 4,981, que agrega as taxas de detecção e de mortalidade. 

Brasil 

Os novos números da epidemia revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil, um registro anual de 40 mil novos casos. Em 2012, a taxa de detecção de aids era de 21,7 casos por cada 100 mil habitantes e, em 2017, foram 18,3, queda de 15,7%. Na comparação com 2014, a redução é de 12%, saiu de 20,8 para 18,3 casos por 100 mil habitantes. 

Para o Ministério da Saúde, a garantia do tratamento para todos, lançada em 2013, e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda no Brasil, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. “O Brasil tem dado a sua contribuição no combate à doença, com a garantia de tratamento e oferta de testes para identificar o vírus, mas é preciso conscientização da população, principalmente dos jovens, sobre a necessidade da prevenção. Só com uso de preservativos, vamos evitar e combater o HIV e a Aids”, disse o ministro Gilberto Occhi. 

“É a primeira vez em 20 anos que temos uma queda tão expressiva nas taxas da mortalidade”, comemora a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken. Ela lembra que da última vez que o país registrou quedas tão expressivas, foi entre 1996 e 1997, com a chegada da terapia tríplice, o chamado coquetel, para tratamento das pessoas que vivem com o vírus. 

Transmissão

O Boletim também traz a diminuição significativa da transmissão vertical do HIV, quando o bebê é infectado durante a gestação. A taxa de detecção de HIV em bebê reduziu em 43% entre 2007 e 2017, caindo de 3,5 casos para 2 por cada 100 mil habitantes. Isso se deve ao aumento da testagem na Rege Cegonha, que contribuiu para a identificação de novos casos em gestantes. Em 2017, a taxa de detecção foi de 2,8 casos por 100 mil habitantes. Nos últimos 7 anos, ainda houve redução de 56% de infecções de HIV em crianças expostas infectadas pelo HIV após 18 meses de acompanhamento. Os novos dados ainda mostram que 73% das novas infecções de HIV ocorrem entre no sexo masculino, sendo que 70% dos casos entre homens estão na faixa de 15 a 39 anos.

Via http://www.tribunadonorte.com.br/

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