Com a transferência das operações comerciais para o novo aeroporto, o Augusto Severo será entregue à Força Aérea Brasileira (FAB).
Todos os meus funcionários estão cumprindo aviso prévio até o dia 30 e depois não sei o que será”, disse a proprietária de um restaurante no local."Nós estamos trabalhando e não sabemos como será no sábado. Se devemos vir pra cá ou não. Eu tenho um contrato de locação dessa loja até o próximo ano e não sei como vai ficar essa situação. A Infraero não fez nenhum comunicado sobre encerramento de contrato, nem nada parecido”, disse Raquel Rodrigues, proprietária de uma empresa de traslado.
A assessoria de imprensa da Infraero informou que os comerciantes começaram a ser notificados esta semana sobre a rescisão do contrato que será concretizada em 31 de julho.
Outra categoria afetada com o encerramento das atividades do Augusto Severo é a dos taxistas. De acordo com a Cooperativa dos Proprietários de Táxi do Aeroporto Internacional Augusto Severo (Aerocooptaxi), 74 carros atuam no local. “Cada carro tem dois motoristas, então podemos considerar que 150 famílias ficarão desamparadas com o fechamento do aeroporto”, disse Francisco Canindé Costa, vice-presidente da Aerocooptaxi.
Segundo ele, não foi apresentada nenhuma proposta para a transferência dos veículos para o aeroporto de São Gonçalo do Amarante. “A Infraero nos estimulou a comprar carros novos para atender a demanda da Copa do Mundo e agora nós estamos nesta situação. Eu mesmo troquei meu carro e pago uma prestação de R$ 900. E agora? Como eu vou pagar? O jeito vai ser voltar a trabalhar na rua. Mas, a gente sabe que não é a mesma coisa. O padrão de vida de todo mundo aqui vai cair”, afirmou.
Informações e fotos: G1/Fotos: Fernanda Zauli
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