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30 de jun. de 2013

Brasil e Espanha fazem esperado duelo na final da Copa das Confederações


"Domingo, eu vou ao Maracanã", clássico do sambista Neguinho da Beija-Flor, finalmente voltará a ser ouvido no Rio de Janeiro, dessa vez para saudar a seleção brasileira, que enfrentará a seleção espanhola na final da Copa das Confederações, em esperado duelo marcado para às 19h (horário de Brasília).

O "time que sou fã", dessa vez, não é favorito, afinal, a adversária é ninguém menos que a atual campeã mundial e bicampeã europeia. A expectativa de todos os fãs de futebol é que seja um dia "pra sentir mais emoção" no Estádio Jornalista Mário Filho, que após longo período fechado para reformas, voltará a receber uma grande decisão.
"Uh Maraca é nosso" é o que quer gritar cada torcedor brasileiro, que conquistou último título no estádio na Copa América de 1989. Na rodada final do quadrangular decisivo, os anfitriões e os uruguaios chegaram com chances de título. Diante de mais de 130 mil pessoas, Romário fez o gol que valeu a taça para o Brasil.

O maior trauma do futebol brasileiro aconteceu no mesmo palco, 39 anos antes, diante de mais de 199 mil pessoas. Na final da Copa do Mundo de 1950, derrota de virada para os uruguaios por 2 a 1. No geral, contudo, o retrospecto é bom no Maracanã, com 74 vitórias, 23 empates e apenas sete derrotas.

O desempenho recente, contudo, não é bom. Desde 2007 a seleção não sabe o que é vencer no estádio carioca. No dia 17 de outubro daquele ano, com atuação espetacular de Robinho e Kaká, o Brasil goleou o Equador por 5 a 0. Depois foram três empates, com Colômbia, Bolívia e o mais recente, no último dia 2, com a Inglaterra.

Foi no Maracanã também que a marchinha de Carnaval "Touradas em Madri" serviu para tripudiar a mesma Espanha de amanhã. Ainda na Copa de 1950. Na segunda rodada do quadrangular final, Jose Parra (contra), Jair, Chico (duas vezes), Ademir Menezes e Zizinho fizeram os gols brasileiros no massacre por 6 a 1 - Silvestre Igoa descontou.

Ao todo, as duas seleções se encontraram oito vezes, com os brasileiros vencendo a metade. A seleção europeia venceu em duas oportunidades. Além disso, aconteceram dois empates, entre eles no último jogo, em 13 de novembro de 1999: um 0 a 0 pouco movimentado na cidade de Vigo.

Daquela partida, quase todos os jogadores já estão aposentados - Marcos, Cafu, Roberto Carlos, Emerson, Jardel e Élber pelo Brasil, por exemplo, e outros como Abelardo, Sergi, Guardiola, Luís Enrique e Morientes pela Espanha. Isso significa que as atuais gerações de atletas desses dois países nunca se enfrentaram pela seleção principal.

Nos elencos brasileiros e espanhois há lembranças apenas de duelos válidos por Campeonato Mundial sub-20, com vantagem brasileira. Em 2003, Jefferson e Daniel Alves derrotaram Andrés Iniesta na final da competição disputada nos Emirados Árabes, por 1 a 0.

Quatro anos mais tarde, pelas oitavas de final, Gerard Piqué e Juan Mata deram o troco sobre Marcelo, Jô e David Luiz, com grande atuação e vitória por 4 a 2, no Canadá. Na Colômbia, em 2011 - sem o heroi do conquista do Sul-Americano da categoria, Neymar - o Brasil de Oscar avançou às semifinais ao derrotar os espanhois - que não tinham nenhum jogador dos atuais 23 - por 2 a 1, na prorrogação.

Acumulando títulos desde 2008, a Espanha ainda não venceu a Copa das Confederações, último grande título que lhe falta. Conquistar o troféu inédito, batendo o Brasil, ainda por cima, seria a cereja no bolo da Vermelha - apelido que substituiu Fúria, que para muitos espanhois não trazia boa sorte.

Para o duelo deste domingo, o técnico Vicente del Bosque deverá fazer apenas uma alteração com relação ao time que derrotou a Itália: recuperado, Cesc Fábregas recupera o lugar que foi ocupado por David Silva. Piqué, com leve entorse no tornozelo, vai para o jogo também.

Os pentacampeões mundiais, por outro lado, enxergam na Copa das Confederações sua grande chance de afirmação. Longe dos holofotes desde a última Copa do Mundo, sendo notícia apenas pelo surgimento e consolidação de um talento chamado Neymar, o Brasil busca um título que lhe dará o carimbo de favorito na competição que sediará no ano que vem.

E para ir atrás da conquista, Luiz Felipe Scolari deverá contar com força máxima em campo. A única dúvida, contudo, é importante, por se tratar de um dos principais jogadores da competição: o volante Paulinho, que está gripado. Se ficar fora do duelo, ele provavelmente dará lugar a Hernanes.

Serão 90 minutos de bola rolando, com mais 30 adicionais se houver um empate. Persistindo a igualdade na prorrogação, a decisão será feita na cobrança de pênaltis. É claro que a maioria dos torcedores não pretende esperar tudo isso para poder cantar "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor", e de preferência campeão.

Prováveis escalações:.

Brasil: Julio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Espanha: Casillas; Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué, e Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e Cesc; Pedro e Fernando Torres. Técnico: Vicente del Bosque.

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda), auxiliado pelos compatriotas Sander Van Roekel e Erwin Zeinstra.

Estádio: Maracanã (Rio de Janeiro).

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