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29 de jan. de 2016

Vai começar: Guia do Carioca: sem estádios e com racha, grandes brigam por conquista

Em meio a polêmica, brigas e um racha político que parece interminável, o Campeonato Carioca põe à prova por mais um ano o desejo dos clubes de vencer a competição e do torcedor em acompanhar a competição. 

Este ano, particularmente, há duas dificuldades extras: tanto Maracanã quanto Engenhão, os maiores palcos da cidade, não devem ser utilizados devido às Olimpíadas. 

O Vasco, atual campeão carioca, espera se beneficiar dentro de campo, como em 1992, levando clássicos para São Januário. Mas há chance de os maiores confrontos serem levados para fora da cidade e até fora do estado - Fla deve jogar em Edson Passos contra os pequenos, enquanto o Flu leva partidas para Volta Redonda. 

O outro fator que desafia o interesse total na competição - de clubes e de torcedores - é a verdadeira e interminável cisão da Ferj com a dupla Fla-Flu, que bateu o pé e vai jogar a Copa Rio-Sul-Minas, a contragosto e sob ameaças do presidente Rubens Lopes.

Longe da politicagem, as atrações dentro de campo, porém, não são poucas. Um Botafogo novamente reformulado aposta em leva de gringos e no capitão ídolo Jefferson. O Fla tem Muricy no banco, Guerrero e outros gringos chegando. No Flu de Fred, os principais reforços são o zagueiro Henrique e o meia Diego Souza. O meia-atacante Nenê, Craque da Galera do último Brasileiro mesmo rebaixado com o Vasco, tem a missão de comandar o bicampeonato que não vem há mais de 20 anos. A disputa começa neste sábado e vai até o dia 8 de maio. 

Se os grandes apostam em grandes nomes, reside no banco as reservas de esperanças dos times pequenos. O América, de volta à Primeira Divisão depois de cinco anos, terá o ex-goleiro Ricardo Cruz. Gaúcho, ex-Vasco, comanda a Portuguesa da Ilha. Douglas Silva, ex-Flamengo, é o treinador do Bangu. Rodrigo "Beckham" novamente comanda o Boavista.

Destaques do VASCO:

Novidade: destaque do Paysandu em 2015, Pikachu foi bem sempre que testado e briga por vaga na equipe
Ponto alto: mesmo com o rebaixamento, o clube manteve a base que perdeu somente um jogo nas últimas 15 rodadas do Brasileirão
Ponto negativo: é nítida a carência no ataque. Riascos não inspira confiança, e clube busca um centroavante no mercado
Números: com 23 títulos cariocas, o Vasco não é bicampeão desde 1993. Na ocasião, ainda levou o tri no ano seguinte.
Treinador: Jorginho começa o ano em alta depois da arrancada que quase evitou o rebaixamento e tem todo apoio de Eurico Miranda.

Destaques do FLUMINENSE: 

Novidade: Henrique, disputado com Flamengo e Grêmio, é a esperança de mais segurança na defesa.
Ponto alto: reforços pontuais. A diretoria trouxe boas opções para posições carentes como a defesa (Henrique e Renato Chaves) e a criação (Diego Souza). Além de uma grande aposta para o futuro: o atacante Richarlison, de 18 anos.
Ponto baixo: irregularidade. Eduardo Baptista ainda tenta mostrar nas Laranjeiras o trabalho que o fez se destacar no Sport. Tirando a semifinal da Copa do Brasil, os resultados no Fluminense não são bons.
Números: campeão pela última vez em 2012 e dono de 31 troféus no estado, o Flu tenta se aproximar do Flamengo. O rival tem 33 conquistas.
Técnico: contratado no meio de 2015, Eduardo Baptista inicia uma temporada à frente do Tricolor pela primeira vez.

Destaques do FLAMENGO:

Novidade: ex-Botafogo, Willian Arão, de 23 anos, é destaque na pré-temporada do Fla.
Ponto alto: opções e poder de fogo no ataque. Guerrero, que voltou a marcar após jejum que vinha desde agosto, e Sheik formam dupla de respeito.
Ponto baixo: ainda a defesa e jogadores como Ederson e o próprio Guerrero conviveram com lesões e terminaram temporada de 2015 em baixa.
Números: o Flamengo é hegemônico na competição, com 33 conquistas.
Técnico: Muricy foi campeão estadual em quatro estados diferentes. Venceu o Pernambucano em 2001 e 2002 (pelo Náutico), o Gaúcho pelo Internacional, em 2003 e 2005, o Paulista pelo São Caetano, em 2004, e com o Santos foi bicampeão estadual em 2011 e 2012.

Destaques do BOTAFOGO: 

Novidade: argentino naturalizado boliviano, Lizio faz parte da seleção e chegou para ser o 10.
Ponto alto: Jefferson segue como a estrela solitária e é o único do futebol carioca na Seleção.
Ponto negativo: em meio à crise, o clube está há mais de um ano sem patrocinador master.
Números: foram 108 gols do time em 2015, mas esse ano o ataque começa carente de opções.
Técnico: Ricardo Gomes assumiu o time ainda na Série B e volta à elite quatro anos após AVC.

REGULAMENTO:

A primeira fase do Estadual será formada por dois grupos, com oito representantes. A disputa será cruzada, ou seja, os times da chave A enfrentam os do B, em sistema de turno. Os quatro melhores de cada grupo se classificam para a fase final. Esse octogonal dá origem ao grupo C e será disputado em sistema de todos contra todos. 

O melhor será declarado campeão da Taça Guanabara. Na final, são dois jogos. Caso haja empate em pontos ganhos, será o campeão carioca o time que obtiver melhor saldo de gols nos confrontos. Persistindo o empate, a decisão para os pênaltis.

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