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30 de abr. de 2019

Magazine Luiza anuncia compra da Netshoes por R$ 244 milhões


O Magazine Luiza anunciou na noite desta segunda-feira, 29, acordo para comprar a Netshoes por cerca de 62 milhões de dólares (cerca de 244 milhões de reais), transformando a empresa de comércio eletrônico em uma subsidiária do grupo e reforçando sua aposta no varejo online.

A companhia afirmou que o acordo definiu o preço de 2 dólares por ação da Netshoes, que encerrou o dia cotada a 2,65 dólares na bolsa de Nova York, com alta de 3,9%. Já os papéis do Magazine Luzia caíram 0,25% na bolsa de valores brasileira. Segundo a rede de varejo, os acionistas da Netshoes, empresa de comércio eletrônico de artigos esportivos, receberão o valor da aquisição em dinheiro e a companhia será incorporada por uma subsidiária do Magazine Luiza criada nas Ilhas Cayman.

De acordo com comunicado da companhia, a conclusão da operação está condicionada à aprovação pelos acionistas da Netshoes em assembleia geral e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O acordo foi anunciado no mesmo dia em que a Netshoes negociou a venda de sua operação na Argentina para o grupo BT8, por valor não informado.

A gigante brasileira de comércio eletrônico B2W chegou a confirmar em março que estava discutindo uma potencial aquisição da Netshoes, que tinha contratado o Goldman Sachs no ano passado para buscar um novo sócio para injetar capital na companhia.

A Netshoes abriu seu capital na bolsa de Nova York em 2017, precificando suas ações em 18 dólares. Na época, a empresa captou cerca de 140 milhões de dólares com a operação. Em 2018, até o terceiro trimestre, a companhia acumulava prejuízo líquido de 241,5 milhões de reais, ante 120,6 milhões negativos no mesmo período do ano anterior.

Durante as negociações, analistas chegaram a considerar a operação neutra para o Magazine Luiza, já que, de acordo com o valor de mercado da Netshoes, a aquisição não afetaria substancialmente os fluxos de caixa da empresa, enquanto as operações da Netshoes não apresentavam crescimento atrativo que a rede varejista poderia capturar em um cenário de aquisição. No entanto, alguns especialistas avaliaram que empresa poderia aproveitar a oportunidade para entrar no negócio de vestuário e calçados, seguindo os passos da Amazon no Brasil.

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