Os empregados da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) decidiram entrar em greve em assembleia geral feita na última quarta-feira. Na terça e quarta-feira, os trabalhadores paralisaram as atividades em protesto contra o fim das negociações da campanha salarial 2016 por parte da Ebserh.
Apesar da decisão coletiva pela greve, o movimento não vai começar imediatamente. “Vai ser decidido um período adequado para que a população possa se adequar a greve”, disse, Auricélia Lopes, uma das coordenadoras-gerais do Sindicato Estadual dos Trabalhadores de Empresas Públicas de Serviços Hospitalares do Rio Grande do Norte (Sindserh-RN).
Os trabalhadores da Ebserh deveriam ter as negociações trabalhistas a 2016 encerradas em março, o que não ocorreu. Um dos pontos de reivindicações é o reajuste salarial com reposição do que foi perdido com a inflação acrescido de aumento real. Entretanto, a Ebserh ofereceu menos que a inflação no período em 12 meses: 5,5%.
A Ebserh administra 39 hospitais universitários em 22 Estados brasileiros. Só no Rio Grande do Norte são três: o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), Maternidade-Escola Januário Cicco e o Hospital Universitário Ana Bezerra na cidade de Santa Cruz. Com a criação da empresa pública pelo governo Federal, os servidores puderam optar por se tornarem-se empregados públicos ou manter seu vínculo.
A diferença entre empregados públicos e servidores está nas garantias e vantagens trabalhistas. Enquanto os servidores possuem estabilidade no serviço público, os empregados são contratados por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Por outro lado, os empregados da Ebserh tem direitos a determinadas vantagens (gratificações, adicionais) que os servidores não possuem.
TN Online
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