A Câmara dos Deputados do Brasil é composta por 513 deputados federais. Entre eles, dois trabalham durante o dia na Câmara e dormem na cadeia.
Um deles é Celso Jacob (MDB-RJ), condenado a sete anos e dois meses de cadeia por dispensar licitação para a construção de uma creche, quando era prefeito de Três Rios, no Rio de Janeiro, em 2002.
O outro é João Rodrigues (PSD-SC). O deputado cumpre pena desde fevereiro e foi condenado a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto por fraude e dispensa de licitação quando era prefeito de Pinhalzinho, em Santa Catarina. Ele conseguiu no Supremo Tribunal Federal autorização para trabalhar como deputado durante o dia e voltar à penitenciária à noite.
O partido Rede Sustentabilidade pediu ao Conselho de Ética a cassação dos mandatos dos dois. A votação do caso de João Rodrigues ocorreu ontem (11/07) e o caso foi arquivado por 14 votos a 0. A votação do caso de Celso Jacob deve ocorrer hoje (12/07).
No caso de Paulo Maluf (PP-SP), condenado a sete anos e meio de prisão por lavagem de dinheiro, o Supremo Tribunal Federal determinou que a Câmara tirasse o mandato dele. Mesmo assim, a Câmara recorreu, pedindo esclarecimentos.
Maluf acabou se licenciando do mandato por problemas de saúde e cumpre prisão domiciliar. O caso dele está agora no Conselho de Ética. Assim como o pedido de cassação do mandato de Nelson Meurer (PP-PR), o primeiro deputado a ser condenado no processo da Lava Jato, e contra Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), réu na Lava Jato.
Vale lembrar que cada deputado federal custa por mês ao contribuinte R$ 179 mil.
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