Na manhã desta quarta-feira (27), os servidores estaduais da saúde realizaram uma paralisação e um ato público para denunciar as medidas de contenção de gastos imposta pelo governo estadual, diante da falta de verbas para a saúde pública.
Para tentar contornar a crise financeira, o governo está mais uma vez sacrificando os servidores e também o atendimento à população, reduzindo o horário de funcionamento dos serviços, ampliando a jornada de trabalho dos servidores, cortando plantões eventuais e até a alimentação de funcionários e acompanhantes.
O ato teve início na Unicat, onde a maior parte dos trabalhadores foi afetada pela nova jornada de trabalho. Boa parte dos servidores da Unicat participou do protesto e o atendimento da unidade foi interrompido por algumas horas. Houve boatos de que o ato impediu o abastecimento de um caminhão com medicamentos de rotina, mas esclarecemos que esse procedimento é realizado por pessoal terceirizado, que não estava participando da paralisação ou do ato.
Após o protesto na Unicat, os servidores seguiram em caminhada até o Hospital Walfredo Gurgel, onde deram continuidade ao ato. Lá, os trabalhadores se depararam com várias ambulâncias do SAMU paradas porque as macas estavam presas no interior do hospital, devido à falta de leitos aos pacientes.
A diretora do Sindsaúde-RN, Rosália Fernandes, criticou o governo Rosalba: “O governo do estado paga R$ 10 milhões todos os meses à empresa que construiu o Arena das Dunas e nunca atrasou uma prestação, já o pagamento do salário dos servidores vive atrasando. E aqui está a prova da falta de investimento do governo na saúde, as ambulâncias paradas do lado de fora do hospital por falta de leitos no Walfredo! Agora eu pergunto à Rosalba, para onde foi o dinheiro da saúde?”, questionou a sindicalista.
O ato teve fim por volta das 11h30. Na próxima sexta-feira, 29, a categoria se reúne em assembleia, às 9h, no Sindsaúde, para decidir se haverá nova greve da saúde do estado.
Fonte: Comunicação Sindsaúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário